domingo, 6 de dezembro de 2015

Novíssimas Questões sobre Modelos Produtivos - Com Gabarito

Sucesso!

3ª do plural (Engenheiros do Hawaii)

Corrida pra vender cigarro
Cigarro pra vender remédio
Remédio pra curar a tosse
Tossir, cuspir, jogar pra fora
Corrida pra vender os carros
Pneu, cerveja e gasolina
Cabeça pra usar boné
E professar a fé de quem patrocina
Querem te matar a sede, eles querem te sedar
Eles querem te vender, eles querem te comprar

(...)

Corrida contra o relógio
Silicone contra a gravidade
Dedo no gatilho, velocidade
Quem mente antes diz a verdade
Satisfação garantida
Obsolescência programada
Eles ganham a corrida antes mesmo da largada
(...)


1) Os diferentes modelos produtivos de cada momento do sistema capitalista sempre foram o resultado da busca por caminhos para manter o crescimento da produção e do consumo. A crítica ao sistema econômico presente na letra da canção está relacionada à seguinte estratégia própria do atual modelo produtivo toyotista:
a) aceleração do ciclo de renovação dos produtos   
b) imposição do tempo de realização das tarefas fabris   
c) restrição do crédito rápido para o consumo de mercadorias   
d) padronização da produção dos bens industriais de alta tecnologia   

2.   Quando os auditores do Ministério do Trabalho entraram na casa de paredes descascadas num bairro residencial da capital paulista, parecia improvável que dali sairiam peças costuradas para uma das maiores redes de varejo do país. Não fossem as etiquetas da loja coladas aos casacos, seria difícil acreditar que, através de uma empresa terceirizada, a rede pagava 20 centavos por peça a imigrantes bolivianos que costuravam das 8 da manhã às 10 da noite.
Os 16 trabalhadores suavam em dois cômodos sem janelas de 6 metros quadrados cada um. Costurando casacos da marca da rede, havia dois menores de idade e dois jovens que completaram 18 anos na oficina.

Adaptado de Época, 04/04/2011.

A comparação entre modelos produtivos permite compreender a organização do modo de produção capitalista a cada momento de sua história. Contudo, é comum verificar a coexistência de características de modelos produtivos de épocas diferentes.
Na situação descrita na reportagem, identifica-se o seguinte par de características de modelos distintos do capitalismo:
a) organização fabril do taylorismo – legislação social fordista   
b) nível de tecnologia do neofordismo – perfil artesanal manchesteriano   
c) estratégia empresarial do toyotismo – relação de trabalho pré-fordista   
d) regulação estatal do pós-fordismo – padrão técnico sistêmico-flexível   

3.   A Intel, líder mundial de inovações em silício, desenvolve tecnologias, produtos e iniciativas para melhorar continuadamente a forma como as pessoas trabalham e vivem.
            (www.intel.com)
A Intel investirá mais de US$ 1 bilhão de dólares na Índia ao longo de cinco anos (...). A Intel está conversando com o governo indiano sobre a instalação de unidades de produção no país (...).
(Adaptado de "Valor Econômico", 06/12/2005)

A Revolução Industrial iniciada no século XVIII na Europa, que resultou na reformulação do mapa econômico desse continente, e o atual processo de desenvolvimento industrial, exemplificado nos textos, têm mecanismos distintos de localização das atividades industriais.
Em cada uma dessas fases, as fábricas com novas tecnologias foram atraídas, respectivamente, pela presença de:
a) rede de transporte - governo democrático   
b) incentivo fiscal - abundante matéria-prima   
c) mercado consumidor - legislação ambiental flexível   
d) fonte de energia - mão de obra com qualificação   
  
4.   A "acumulação flexível" (...) é marcada por um confronto direto com a rigidez do fordismo. Ela se apóia na flexibilidade dos processos de trabalho, dos produtos e padrões de consumo.
            (HARVEY, David.  "A Condição Pós-Moderna".  São Paulo: Edições Loyola, 1992.)

O novo padrão tecnológico associado à flexibilidade, referido pelo autor, vem modificando os fatores que interferem nas atividades de produção em que as vantagens comparativas tomam novas dimensões no atual modelo produtivo.
Esse modelo leva, de modo geral, à seguinte consequência geográfica:
a) hipertrofia no setor secundário da economia   
b) queda no custo da produção de bens de capital   
c) desconcentração espacial da atividade industrial   
d) concentração de trabalhadores nas áreas metropolitanas   
  

Gabarito:
1) A
2) C
3) D
4) C

Novíssimas Questões sobre Industrialização Brasileira - com gabarito

Bons Estudos!

1) ( PUCRJ/2010 ) (...) Liberalismo, o Neo, bateu à porta da quitinete onde morava o Estado Mínimo e sua numerosa família. O Estado Mínimo – diga-se de passagem – já fora o máximo no passado, requisitado por todos, vivia confortavelmente em uma cobertura duplex no edifício Keynes. A partir dos anos 1980, seu prestígio começou a declinar diante da campanha orquestrada pelo Liberalismo que avançou no seu patrimônio e privatizou suas empresas sob o pretexto de que ele, Estado, não entendia nada de economia, cobrava altos impostos e impedia a maximização dos seus lucros. Empobrecendo, o Estado teve que se mudar para um apartamento menor e depois para outro menor ainda e hoje vive em uma modesta unidade no conjunto habitacional Milton Friedmam. (...)
NOVAES, Carlos Eduardo, ‘Liberalismo e Estado Mínimo’, 01/mar./2009, Jornal do Brasil.
A opção que apresenta exemplos, no Brasil, que confirmam a explicação contida no trecho da crônica é:
a) privatização de bancos, aumento das barreiras alfandegárias, aplicação dos Planos Quinquenais.
b) desestatização de empresas, desregulamentação da economia, criação de Agências Reguladoras.
c) redução da concentração do poder administrativo federal, redução das taxas de juros, criação dos Órgãos de Planejamento Regional.
d) ampliação da esfera de atuação das secretarias de governo, reforma fiscal, implementação de Programas de Desenvolvimento
Nacional.
e) nacionalização de empresas, redução das tarifas alfandegárias, implementação dos Programas Nacionais de Desenvolvimento.

2) ( UFPEL/2009 ) A indústria no Brasil aponta sinais de diminuição no seu crescimento. Os dados do IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelam esse fato: em 2005 a participação do setor industrial no Produto Interno Bruto foi de 30,3% e em 2006 de 26,6%. As altas taxas de juro e
a abertura de mercados podem ser apontadas como grandes causas dessa mudança.
Sobre o setor industrial brasileiro, é correto afirmar que
a) a chamada “guerra fiscal” é caracterizada pelo aumento de impostos cobrados pelos governos estaduais a fim de diminuírem a carga tributária federal com o parque industrial instalado.
b) a migração de indústrias para o Nordeste brasileiro tem sido grandemente dificultada pelo aspecto geográfico, pois os estados localizados nessa região estão longe do Mercosul, onde estão os principais mercados internacionais do Brasil.
c) passou a adotar, para tornar-se mais rentável, a estratégia de descentralização, ou seja, a instalação de unidades fabris fora do local de concentração histórica, nos grandes centros, sobretudo no eixo Rio-São Paulo.
d) a comercialização de bens industrializados, as conhecidas commoddities, como soja e café brasileiros, é vantajosa para a indústria nacional, pois são produtos de baixo custo de produção.
e) a fraca concentração industrial na região sul, sobretudo em Porto Alegre, Curitiba e no Vale do Itajaí (Blumenau e Joinvile), foi motivada pela baixa densidade demográfica existente nessas áreas.

3) ( UNESP/2010 ) É possível afirmar através de uma visão de síntese do processo histórico da industrialização no Brasil entre 1880 a 1980, que esta foi retardatária cerca de 100 anos em relação aos centros mundiais do capitalismo. Podemos identificar cinco fases que definem o panorama brasileiro de seu desenvolvimento industrial: 1880 a 1930, 1930 a 1955, 1956 a 1961, 1962 a 1964 e 1964 a 1980.
Leia com atenção as afirmações a seguir, identificando-as com a
sua fase de desenvolvimento industrial.
I. Modelo de desenvolvimento associado ao capital estrangeiro, sem descentralizar a indústria do Sudeste de forma significativa em direção a outras regiões brasileiras; corresponde ao período de Juscelino Kubitschek, com incremento da indústria de bens de consumo duráveis e de setores básicos.
II. Modelo de política nacionalista da Era Vargas, com o desenvolvimento autônomo da base industrial demonstrado através da construção da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Ressalta-se que, neste período, a Segunda Guerra Mundial impulsionou a industrialização.
III. Período de desaceleração da economia e do processo industrial motivados pela instabilidade e tensão política no Brasil.
IV. Implantação dos principais setores da indústria de bens de
consumo não duráveis ou indústria leve, mantendo-se a dependência brasileira em relação aos países mais industrializados. O Brasil não possuía indústrias de bens de capital ou de produção.
V. Período em que o Brasil esteve submetido a constrangimentos
econômicos, financeiros e sociais devido a seu endividamento no exterior com o objetivo de atingir o crescimento econômico de 10% ao ano. Mesmo assim, não houve muitos avanços na área social. Modernização conservadora com o Governo Militar.
(Secretaria da Educação. Geografia, Ensino Médio.
São Paulo, 2008. Adaptado.)
A sequência das fases do desenvolvimento industrial brasileiro
descritas nas afirmações é
a) IV, II, I, III, V.
b) I, II, V, IV, III.
c) III, IV, V, I, II.
d) I, III, II, V, IV.
e) III, IV, II, V, I.

4) ( UNESP/2009 ) Assinale a alternativa em que está corretamente caracterizada a industrialização brasileira, do período após a década de 1980 até os dias atuais.
a) Período de reduzida atividade industrial, dada a característica
agrário-exportadora do país.
b) Constitui o período de maior crescimento industrial do país em todos os tipos de indústria, tendo como base a aliança entre o capital estatal e o capital estrangeiro.
c) Seguindo um rumo mundial, o país vem passando, nas áreas mais centrais, por uma desconcentração industrial, indicando uma reestruturação do espaço industrial brasileiro.
d) Decadência da cafeicultura e transferência do capital para a indústria, o que, associado à presença de mão de obra e mercado consumidor, vai justificar a concentração industrial no Sudeste, especificamente em São Paulo.
e) Marca o avanço do Neoliberalismo no país, com sérias repercussões no setor secundário da economia, determinando, por exemplo, a privatização de quase todas as empresas estatais.

5) ( UNAMA/2010 ) Leia o texto abaixo
“Severino Silva de 22 anos teve muito mais sorte que seu pai. No início da década de 1980, Francisco Silva se cansou da vida dura de lavrador nas plantações de algodão no sertão nordestino e partiu para São Paulo. Sem instrução e qualificação profissional, Francisco não conseguiu emprego e teve que voltar para o Sertão. Seu filho (Severino) não vai precisar sair de seu torrão natal para conseguir emprego numa fábrica de roupas. As indústrias estão chegando ao Sertão.
(Folha de São Paulo, Caderno Cotidiano 2006.)
Ele narra a história de nordestinos como Severino e Francisco e evidencia duas fases distintas da
organização do espaço industrial brasileiro. Sobre estas fases, é verdadeiro afirmar que:
a) na década de 1980 havia uma centralização industrial no Centro-sul, principalmente em São Paulo, cujo mercado de trabalho absorvia com facilidade a mão de obra migrante e sem qualificação, haja vista que este setor ainda não exigia grande especialização profissional para obtenção de emprego.
b) embora as mesmas apresentem características diferentes no que diz respeito, principalmente, à concentração industrial, São Paulo, em especial a capital, ainda continua como o grande vetor migratório para quem procura emprego no setor industrial.
c) atualmente ocorre significativa desconcentração industrial no território brasileiro, sendo o Nordeste uma das regiões de forte recepção de unidades fabris, fato favorecido por uma série de fatores, entre eles a isenção fiscal que alguns estados e/ou municípios oferecem para as indústrias que chegam à região. É a chamada “guerra dos lugares”.
d) a partir da década de 1990, a desconcentração industrial no país vai se intensificar, apoiada pela maior abertura econômica e pelo desenvolvimento técnico-científico (informática e comunicação), sem esquecer das mudanças constitucionais de 1988. Com esta desconcentração, a Amazônia passa a ser o principal polo de atração às unidades fabris, sendo que, nos dias atuais, a indústria marca o perfil econômico regional amazônico.

6) ( CEFETPB/2008 ) Considere as informações abaixo sobre as características da indústria.
I. As indústrias de bens de consumo são aquelas que abastecem o mercado consumidor. São exemplos delas as indústrias automobilísticas, alimentícias e têxteis.
II. A indústria de base é aquela que fornece bens e equipamentos para outras indústrias. Assim são vistas as indústrias siderúrgicas e da aviação.
III. As indústrias de ponta são aquelas ligadas a tecnologias avançadas, como as indústrias da informática e da biotecnologia.
Dentre as opções a seguir, assinale a que corresponde à(s) informação(ões) CORRETA(S).
a) Apenas I
b) Apenas II
c) I e III
d) II e III
e) I, II e III

7) ( UEPB/2010 ) A afirmativa de que o “Brasil é um país urbano, industrializado e moderno, porém subdesenvolvido” mostra que
a) o subdesenvolvimento é superado à medida que um país se
industrializa e se urbaniza.
b) o subdesenvolvimento está relacionado à dependência econômica e tecnológica e às desigualdades econômicas e sociais presentes no território brasileiro.
c) o processo urbano/industrial que coloca o Brasil em vias de desenvolvimento indica, portanto, que o subdesenvolvimento é apenas uma etapa que está sendo superada pela modernização do país.
d) há dois Brasis, um moderno, que é urbano e industrial, representado pelo Centro-Sul, e outro rural e atrasado, representado pelo Nordeste.
e) o processo de industrialização brasileira não foi capaz de integrar o território brasileiro, cujas regiões permaneceram como ilhas econômicas com atividades que se voltam exclusivamente para o exterior.

GABARITO:
1 = B
2 = C 
3 = C 
4 = C 
5 = C
6 = C
7=B